domingo, 30 de setembro de 2012
CCXLIII
Ir de manso às falas,
mineirês em voz haiku,
feito preg n'angu.
sábado, 29 de setembro de 2012
CCXLII
(Para Vera Braga)
Minha irmã, que é vera,
me garante, em surdina:
não se dá com as primas.
sexta-feira, 28 de setembro de 2012
CCXLI
O gato? O cachorro?
Academia? Chocolate?
Classe média, embates...
quinta-feira, 27 de setembro de 2012
CCXL
Milho no moinho
já não há. E a roda gira.
Água e seu caminho.
quarta-feira, 26 de setembro de 2012
CCXXXIX
Me encaretaria
numa guerra de abadás.
Visto fantasias.
terça-feira, 25 de setembro de 2012
CCXXXVIII
Haicai de viagem:
ida, vista, reconquista.
A mínima lista.
segunda-feira, 24 de setembro de 2012
CCXXXVII
Só, Dirceu soçobra.
Deixa-o Noé, o árcade,
na ilha das Cobras.
domingo, 23 de setembro de 2012
CCXXXVI
Rede de arrastão
para pesca de ausências:
videoconferência.
sábado, 22 de setembro de 2012
CCXXXV
(Para Cláudia Leão, fotocúmplice)
Taí o equinócio,
disfarçando a noite e o dia
em João e Maria.
sexta-feira, 21 de setembro de 2012
CCXXXIV
Corda do trapézio
queda a queda do acrobata.
Faz que nem gravata.
quinta-feira, 20 de setembro de 2012
CCXXXIII
Pés e chão rachados.
Vital pra toda secura
é dançar xaxado.
quarta-feira, 19 de setembro de 2012
CCXXXII
A fome é de luz.
Prato cheio para a estrela
e a quem pode vê-la.
terça-feira, 18 de setembro de 2012
CCXXXI
"O sôr tá esbelte!",
goela o caipira. Me indago:
"Mais magro que magro?"
segunda-feira, 17 de setembro de 2012
CCXXX
(Para José Orlando Mafra e Ângelo Vinícius Andrade, fotocúmplices)
Nada vem depois.
Noite branca, melodia,
um chapéu pra dois.
domingo, 16 de setembro de 2012
CCXXIX
Da charge-haicai
não se pode esperar
um risco a mais.
sábado, 15 de setembro de 2012
CCXXVIII
Manhã de inverno.
Nina com seu cachecol:
o quarto do sol.
sexta-feira, 14 de setembro de 2012
CCXXVII
Da parede voa
o papel do calendário:
avião corsário.
quinta-feira, 13 de setembro de 2012
CCXXVI
(Para Lua Magalhães)
Na xícara, Lua
em seu nado borboleta.
Café pede letra.
quarta-feira, 12 de setembro de 2012
CCXXV
(Para Mariana, Raquel, Natália, Vanessa e Lucas)
Salve o Oratório
onde nós fazemos cena
pra Santa Efigênia!
terça-feira, 11 de setembro de 2012
CCXXIV
Caras e alfarrábios.
Um armar, por sobre os óculos,
de uns olhares sábios...
segunda-feira, 10 de setembro de 2012
CCXXIII
Setembro de andores...
Pra não dizer que falei
apenas de flores.
domingo, 9 de setembro de 2012
CCXXII
Acha o seu lugar
nos concretos da metrópole
o desencontrar.
sábado, 8 de setembro de 2012
CCXXI
Facilita nada
nas manobras de Valsalva:
faz cocô nas calças.
sexta-feira, 7 de setembro de 2012
CCXX
Fora de contrato:
o querer ser de ofício
de uma folha A4.
quinta-feira, 6 de setembro de 2012
CCXIX
Ninguém cria guerra
com os mudos da freguesia.
Guerra é pra quem berra.
quarta-feira, 5 de setembro de 2012
CCXVIII
Inimigo em mim.
Eu comigo mesmo até
nem Deus mais quiser.
terça-feira, 4 de setembro de 2012
CCXVII
Dalton, o vampiro,
dá receita de papinha
com vidro moído.
segunda-feira, 3 de setembro de 2012
CCXVI
A publicidade,
na saúde ou na doença,
faz a advertência.
domingo, 2 de setembro de 2012
CCXV
A publicidade
dá calmante de manhã,
lexotan à tarde.
sábado, 1 de setembro de 2012
CCXIV
(Para Rogério Braga Matta Jr.)
Bem fácil avança
quem já conhece o que vem
em passo de dança.
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